O prémio Nobel da Literatura foi atribuído a um escritor chinês.  O Comité Nobel diz que escolheu Mo Yan por ter uma escrita única na forma como conta a história do seu país no século XX através da vida dos camponeses.
Os romances de Mo Yan, o escritor chinês galardoado hoje com o  Prémio Nobel da Literatura, estão enraizados na China rural, onde nasceu, mas  revelam também influências do "realismo mágico" e outras correntes ocidentais,  dizem críticos e tradutores.
William Faulkner, Gabriel Garcia Marquez, Oe Kenzaburo e  Rabelais são os autores preferidos de Mo Yan, disse o professor norte-americano  Howard Goldblatt, um dos mais conhecidos tradutores de literatura chinesa, entre  os quais três títulos do autor distinguido agora pela Academia Sueca.
Em Portugal foi publicado em 2007 o livro "Peito grande, ancas  largas", traduzido por João Martins e editado pela Ulisseia mas atualmente  esgotado. 
Nascido em fevereiro de 1955, Mo Yan é também um dos escritores  chineses contemporâneos mais publicados fora da China, nomeadamente no Japão,  França, Reino Unido, Alemanha e Estados Unidos.
"Ele é o mais qualificado escritor chinês para ganhar o Nobel",  disse Yang Xiaobin, um poeta e critico citado hoje por um jornal de Pequim e que  há vários anos vinha "recomendando" a atribuição do prémio a Mo Yan.

Comentários