O Dia Internacional da Mulher celebra as conquistas das mulheres provenientes dos mais diversos contextos étnicos, culturais, socioeconómicos e políticos.
É um dia em que todos devemos refletir acerca do progresso a
nível de direitos humanos, e honrar a coragem e determinação das mulheres que
ajudaram e continuam a ajudar a redefinir a história, local e globalmente.
Nascido no virar do século XIX, este dia começou por estar interligado com os movimentos trabalhistas da Europa e da América do Norte. O primeiro Dia Internacional da Mulher foi celebrado nos Estados Unidos, a 28 de fevereiro de 1909, em honra da greve dos trabalhadores têxteis nova-iorquinos, em 1908. Posteriormente, o movimento das mulheres rapidamente assumiu uma postura global, sendo atualmente celebrado em quase todo o mundo.
Porque é
que ainda se comemora este dia?
Apesar de todos os avanços relativos aos direitos das
mulheres, nenhum país atingiu a igualdade plena entre homens e mulheres.
A mudança efetiva tem-se mostrado difícil e lenta para a
maior parte das mulheres e raparigas do mundo. Muitos têm sido os obstáculos
que permanecem inalterados na lei e na cultura de muitos países. As mulheres
continuam a ser desvalorizadas, algo que se traduz, entre outras coisas, nos
seus salários: de acordo com a ONU Mulheres, atualmente, as mulheres
continuam a ganhar menos 23% que os homens. Mais graves ainda são os números
relativos à violência sexual contra as mulheres: 1 em cada 3 mulheres já sofreu
algum tipo de violência física ou sexual; e mais de 200 milhões de mulheres e
raparigas foram vítimas da mutilação genital.
É ainda preocupante apercebermo-nos de que, todos os anos, 12 milhões de raparigas são forçadas a casar-se antes dos 18 anos — o que significa 23 raparigas por minuto, uma a cada 3 segundos.
Destacamos este excerto do artigo publicado pelo
Secretário-Geral da ONU, António Guterres:
“Em sociedades onde os movimentos pelos direitos das
mulheres são mais ativos, as democracias são mais fortes. Quando o mundo
investe na expansão de oportunidades para mulheres e meninas, toda a humanidade
ganha.
Por uma questão de justiça, igualdade, moralidade e bom
senso, precisamos de adiantar o relógio dos direitos das mulheres. Precisamos
de uma recuperação feminista sustentável centrada nas mulheres e nas meninas e
impulsionada por mulheres e meninas.”
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