Dois excelentes livros para ler agora que se aproxima o dia 25 de novembro, Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher.
Não deixes de ler!
Eu, Malala – a minha luta pela
liberdade e pelo direito à educação
No dia 9 de outubro de 2012, Malala Yousafzai, então com 15 anos,
regressava a casa vinda da escola quando a carrinha onde viajava foi mandada
parar e um homem armado disparou três vezes sobre a jovem. Nos últimos anos
Malala – uma voz cada vez mais conhecida em todo o Paquistão por lutar pelo
direito à educação de todas as crianças, especialmente das raparigas –
tornou-se um alvo para os terroristas islâmicos. Esta é a história, contada na
primeira pessoa, da menina que se recusou a baixar os braços e a deixar que os
talibãs lhe ditassem a vida. É também a história do pai que nunca desistiu de a
encorajar a seguir os seus sonhos numa sociedade que dá primazia aos homens, e
de uma região dilacerada por décadas de conflitos políticos, religiosos e
tribais.
Eu, Malala é um livro que nos leva numa viagem extraordinária e
que nos inspira a acreditar no poder das palavras para mudar o mundo.
A adolescente que desafiou os talibãs tornou-se, em 2014, na pessoa mais
jovem a receber o Prémio Nobel da Paz, em reconhecimento pela sua luta pelos direitos humanos. Aos 17 anos,
Malala Yousafzai foi também considerada uma das Adolescentes Mais Influentes do
Mundo, pela revista Time.
Meninas – Maria Teresa
Horta
Do fabuloso monólogo de Lilith num paradisíaco ventre
materno, primeiro conto deste volume, até «Estrela», que fecha o livro, numa
violenta, mas irresistível, história de abuso sexual paterno que leva a filha
ao suicídio, Maria Teresa Horta traça, num português sumptuoso, ao longo de
mais de trinta contos, uma vasta e belíssima galeria de «Meninas». Quase todas
negligenciadas, quando não abandonadas e maltratadas, entregam-se à magia ou à
leitura salvadoras. É assim com Beatriz, à beira do abismo no Faial, com Laura,
abandonada pela mãe em «Eclipse», com Branca, perseguida pela madastra e o pai,
com Maria do Resgate, que abre a porta aos anjos na falta da mãe, com Rute,
ladra «sem culpa» de uma rosa apaixonante. Mas também com a infância de
personagens históricas como a sanguinária condessa húngara Erzsébet, com a
rebelde Carlota Joaquina, inconformada com um destino que não quis, a seduzir e
enfeitiçar o pintor Maella autor do seu retrato oficial, ou literárias como
Katie Lewis, apaixonada pela leitura e assim retratada por Edward Burne-Jones,
a gerar o fascínio de Oscar Wilde. "As Meninas" é um livro mágico e
encantador, com que Maria Teresa Horta abre um novo rumo na história da
literatura portuguesa.
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